Existem muitos tipos diferentes de Dendrobium. Este texto é sobre os Dendrobium nobile. São orquídeas já bastante comuns no nosso país, encontram-se facilmente vários híbridos diferentes à venda e que cultivam-se com alguma facilidade desde que se cumpram algumas regras.
O nome Dendrobium resulta da junção de duas palavras gregas: “Dendro” (árvore) e “Bios” (vida) e quer dizer “Vida nas árvores”. Foi-lhes dado este nome porque são essencialmente plantas epífitas, crescem agarradas aos troncos e ramos das árvores. No caso dos Dendrobium nobile, podem também ser encontrados a crescer em rochas cobertas de musgo em florestas até aos 2000 m de altitude. São originários do continente asiático e podem ser encontrados na Índia, nos Himalaias, no Nepal, Butão, Tailândia, Laos, Filipinas, Vietname etc.
São plantas fáceis de identificar pelo seu aspeto. Estes Dendrobium têm pseudobolbos longos podendo atingir os 60cm de comprimento e com cerca de 2 cm de espessura. Estão divididos em segmentos e em cada segmento podemos encontrar duas folhas ovaladas e verdes. Essas folhas com o passar do tempo, cerca de dois anos, vão secar e cair e esse pseudobolbo vai continuar a viver e a florir mesmo sem folhas. As flores medem cerca de 7,5cm e aparecem em grupos de duas ou três flores junto às axilas das folhas. Existem flores de variadas cores e muitas delas são perfumadas.
Para cultivar este tipo de Orquídeas usamos vasos de plástico ou de barro mas também, em plantas maiores, cestos pendurados. O substrato deverá permitir uma boa drenagem e geralmente uma mistura de casca de pinheiro, leca e fibra de coco grada é suficiente para o efeito. São plantas que gostam de ter as raízes apertadas e que não necessitam de vasos muito grandes. No nosso país podemos mante-las todo o ano no exterior. As temperaturas ideais são entre os 16 e os 28 graus mas para estimular a floração a planta precisa de estar pelo menos um mês exposta a temperaturas abaixo dos 14 graus. As flores aparecem no final do Inverno e duram cerca de um mês.
Nos períodos mais frios (em Dezembro e Janeiro) reduzimos muito as regas mas quando começa a chegar o tempo mais quente podemos regar até 1 a 2 vezes por semana e a fertilizar em regas alternadas. O período de maiores regas deverá coincidir com o período de crescimento da planta e com o aparecimento de novos rebentos.
São plantas que gostam de alguma luz podendo até receber sol direto quando o sol não está muito forte, mas durante a maior parte do dia deverá ser mantida com luminosidade filtrada como teriam nas florestas de onde são originários.
Os reenvasamentos e divisões podem ser feitos de 2 em 2 anos a seguir à floração, ou seja, nos meses da Primavera.