Conhecida também por buganvília, deve esse outro nome popular ao francês Louis Antoine Bougainville, que descobriu a espécie em uma viagem ao Brasil, em 1790, e a levou para Paris. Naquela época, um intenso comércio de plantas exóticas movimentava expedições a países distantes — as mudas que sobreviviam à longa viagem de navio eram disputadas em leilões por toda a Europa. Logo, a primavera tornou-se tão popular lá quanto aqui e, hoje, variedades híbridas resistem a climas mais amenos — até mesmo frios. Prova disso é que essa trepadeira virou uma das preferidas dos japoneses para se fazer bonsais.
A primavera pode ser cultivada tanto como trepadeira, apoiada em muros ou cobrindo pérgolas, quanto como arvoreta — para isso, deve receber podas regulares de formação, que vão criar uma copa densa e arredondada. O local escolhido para o plantio não deve ser de passagem, uma vez que a planta possui pequenos espinhos ao longo de todos os galhos.
Do branco puro ao vermelho vivo, há variedades de primavera de muitas cores, com pétalas simples ou dobradas, de tamanho comum ou anão. Uma curiosidade é que suas coloridas "flores" são, na verdade, folhas modificadas (brácteas) que envolvem pequenas flores amareladas que ficam na pontinha dos ramos. Essas folhas modificadas também são encontradas no bico-de-papagaio, no lírio-da-paz e na mussaenda, para citar alguns exemplos mais conhecidos.
Como deve ser o solo, as mudas e regas da primavera
Por não produzir sementes, a primavera deve ser reproduzida por estacas. Plante as mudas em local que receba sol o dia todo e regue até duas vezes por semana, já que a espécie não suporta solo encharcado. Se o tempo esfriar, fique tranquilo: uma trepadeira que ganhou o Japão só poderia estar mais que adaptada ao suave inverno brasileiro.