Alunos da Esalq-USP visitam a Ceasa

Um grupo de 18 alunos do curso de engenharia agronômica da Escola Superior Luiz de Queiroz (Esalq) - unidade da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP) - participou de uma visita monitorada nesta quarta-feira, dia 22 de agosto, na Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa).  Eles cursam o quarto e quinto ano da Universidade e a atividade faz parte da disciplina de pós-colheita de produtos hortícolas, frutas e flores.
“Aqui eles têm a oportunidade de ver na prática o que é abordado em sala de aula. E isso é muito importante para a formação profissional, eles precisam conhecer a realidade do mercado”, explicou o professor que acompanhou a atividade, Ângelo Jacomino.  O professor avalia que a Ceasa de Campinas tem uma situação privilegiada e num nível tecnológico muito bom e melhor que as outras centrais. “A Ceasa Campinas é diferenciada em qualidade, manuseio, organização, embalagem”, contou.
As tecnologias na pós-colheita, segundo o professor, têm avançado, mas falta muito ainda para minimizar danos mecânicos e perdas devido ao manuseio, transporte e embalagens inadequadas. “Nas embalagens, por exemplo, tem melhorado muito, mas ainda temos partes da cadeia com falhas como no transporte de frutas que deveria ser feito em veículos refrigerados, em estradas lisas, sem buracos”, contou.
Outro avanço importante é na classificação de produtos, relata Jamonino.“Ao invés de misturar tudo, hoje o produtor separa por tamanho e amadurecimento. Vamos falar dos tomates por exemplo. Na gôndola do supermercado, a pessoa manuseia menos o tomate que já está separado, ela já vai naquela banca que tem o que procura: ou mais maduro, ou maior, etc. E o produto que vai para a indústria de molho, bem maduro, nem chega a ir para o mercado. Tudo isso evita perdas”,  contou.
Outro exemplo da melhoria que gera esta classificação é no mercado de maçãs. Antigamente, relata ele, as maçãs pequenas eram desvalorizadas e até perdidas. Hoje a indústria usa estas frutas menores em embalagens especiais voltadas para crianças e que são mais adequadas mesmo para o consumo infantil.
Conforme o coordenador do Mercado de Hortifrutigranjeiros do entreposto, Márcio de Lima, na visita à Ceasa os alunos podem observar as variedades de produtos, as formas de embalagem, a estrutura de comercialização, as câmaras de climatização de produtos, a logística, o transporte entre outros aspectos de um espaço atacadista. “É muito rico, fazemos uma apresentação da Ceasa toda no auditório e depois andamos conhecendo e mostrando tudo isso. Eles têm oportunidade de manusear, perguntar e conhecer melhor uma central de distribuição”, explicou.