Banco de Alimentos completa sete anos e bate recorde histórico de doações

200510_Aniversário do Bco. de Alimentos_Fotos Luiz Granzotto 12_a.jpgO Banco Municipal de Alimentos da Prefeitura de Campinas completa sete anos neste mês de maio com o maior volume de doações de sua história. Arrecadou 352,6 toneladas de produtos no primeiro quadrimestre de 2010, quatro vezes mais que os 65 mil quilos conseguidos no mesmo período em 2009. A quantidade é 33% maior que o total coletado no ano passado inteiro - de 263,6 toneladas - e superior ao que recebeu anualmente desde que foi criado.

Além desse montante arrecadado entre janeiro e abril, o Banco já tem confirmado para este mês 158 toneladas de suco de uma empresa da região e mais 82 mil quilos de feijão, que virão por meio de parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os dados foram apresentados nesta quinta-feira, dia 20 de maio, durante evento em comemoração ao aniversário, na Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa), onde funciona o Banco.

O evento contou com a presença do prefeito Hélio de Oliveira Santos, do vice-prefeito e presidente da Ceasa, Demétrio Vilagra, dos membros do Conselho Gestor do Banco - que reúne respresentantes de empresas doadoras, entidades beneficiadas, poder público e organizações sociais -, além de secretários municipais, vereadores, imprensa e outras autoridades.

O prefeito destacou o papel estratégico do Banco que auxilia, inclusive, outros municípios em situação de calamidade pública e reiterou a importância dos projetos de transferência de renda, geração de trabalho e ações voltadas para a alimentação das crianças para garantir a segurança alimentar. "A capacidade de produzir e distribuir renda é fundamental para o combate à fome", explicou. Dr. Hélio disse que o Município investe em programas como a merenda escolar mais de R$ 50 milhões por ano "pois a criança é o alvo fundamental para o futuro do País e determinante para a cidadania".

Em seu discurso, Dr. Hélio lembrou também que estes resultados só são possíveis devido à estratégia do Governo Federal de adotar a segurança alimentar como prioridade e conseguir tirar da miséria milhares de pessoas. Em Campinas, o prefeito citou trabalhos como de distribuição do uniforme escolar e o bilhete único - que gerou economia de mais de R$ 200 milhões à população - como fatores que proporcionam uma transferência indireta de renda e a melhoria de vida.

Para o vice-prefeito Demétrio Vilagra, que também é presidente do Conselho Gestor do Banco de Alimentos, esse resultado positivo do órgão é fruto de uma articulação harmoniosa entre sociedade civil, iniciativa privada e poder público. "A parceria com a sociedade, sempre solidária, junto com os empresários que têm ampliado cada vez mais suas ações de responsabilidade social, são as bases deste resultado que buscamos articular como poder público", avaliou. Segundo ele, o aumento das doações também se deve à credibilidade conseguida nestes sete anos de trabalho "sempre prestando contas e dando aos doadores a segurança do destino correto dos alimentos".

200510_Aniversário do Bco. de Alimentos_Fotos Luiz Granzotto 8_a.jpgA secretária municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social (SMCAIS) Darci da Silva, explicou que além do Banco, o trabalho de segurança alimentar da cidade conta com o Prato Cheio Campinas. "Distribuímos 7.646 cestas básicas por mês e da parceria com os atacadistas da Ceasa mais de 10 mil sacolas de hortifrutis por semana" contou a secretária que também destacou a importância dos trabalhos que transferem renda. "Não precisando comprar uniforme e material escolar, a pessoa vai comprar mais alimentos", disse.

O vereador Ângelo Barreto, representando o presidente da Câmara Municipal, Aurélio Cláudio, cumprimentou o Banco pelos resultados e a Ceasa que com este trabalho "cumpre seu verdadeiro papel social". O presidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar (Comsea), Nivaldo DOro, também discursou elogiando o trabalho do Banco e sua importância no auxílio de milhares de famílias.

75 mil beneficiados

Desempregados, crianças, jovens, idosos, deficientes físicos e mentais, portadores de HIV e dependentes químicos estão entre as 75 mil pessoas beneficiadas pelas doações do Programa de Segurança Alimentar de Campinas, um dos pioneiros no País. O Programa é uma combinação do trabalho emergencial de distribuição de alimentos do Banco e de outros projetos, com ações de geração de trabalho e de transferência de renda, como as cooperativas, o Banco da Mulher, a Alimentação Escolar, etc.

A irmã Helene Gatien, presidente da Fundação Irmã Ruth de Maria Camargo Sampaio (Firmacasa), que acompanhou a formação do Banco, e faz parte do Conselho Gestor desde o início, acredita que compartilhar pode gerar mudanças sociais. "O começo foi difícil, as pessoas não queriam doar, achavam que iam servir à Prefeitura e não à população. Mas com o trabalho, a divulgação e a transparência fomos mudando esta mentalidade. A sociedade vai mudar quando houver partilha", avaliou. Para a entidade que preside os alimentos recebidos do Banco são essenciais para oferecer as mais de 800 refeições por dia aos 300 atendidos: "não conseguiríamos alimentar todos sem esta ajuda", diz.

O auxílio do Banco também é muito importante na Fundação Bezerra de Menezes que acolhe 600 crianças e jovens entre 6 e 18 anos e tem quatro unidades na cidade. Ajuda bastante, completa a alimentação que oferecemos e ainda podemos enviar alimentos para a casa dos atendidos também", informou o fundador e diretor da entidade, André Luis Pereira da Silva.200510_Aniversário do Bco. de Alimentos_Fotos Luiz Granzotto 13_a.jpg