Banco de Caixas da Ceasa é apresentado em Seminário Nacional de embalagens

A Ceasa-Campinas participou do Seminário Nacional de Embalagens de Frutas e Hortaliças realizado no dia 9 de fevereiro, em Goiás. O gerente do Mercado de Hortifrutigranjeiros da Central, Laurismaradno Morais da Fonseca, representou a empresa e apresentou a experiência do entreposto campineiro na implantação de um serviço para higienizar, locar e vender embalagens plásticas, o Banco de Caixas, inaugurado em novembro do ano passado.

 

O gerente explicou no Seminário que a iniciativa da Ceasa-Campinas tem por objetivo modernizar e melhorar o acondicionamento e transporte dos hortifrutis para evitar perdas e contaminação dos produtos garantindo maior qualidade. Além disso, ele explica que a logística e a rastreabilidade das embalagens possibilitadas pelo Banco vão permitir a redução em até quatro vezes o volume de caixas no entreposto. "Abordei também os desafios que enfrentamos para implantar o serviço. Pelo relato das outras centrais acredito que, felizmente, há uma tendência, a nível nacional, da implantação de Bancos e a utilização em larga escala de caixas plásticas", avaliou.

 

Segundo Fonseca, as ceasas vivem um momento importante de mudança cultural sobre o uso de embalagens, pois todos estão em busca de melhorias que garantam a manutenção da qualidade dos produtos e a saúde do consumidor. O Seminário decidiu criar um grupo técnico de discussão permanente do assunto que será coordenado pela Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen).

 

Participaram do evento centrais de todo o Brasil como São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Caxias do Sul, Ceará, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Alagoas, Pernambuco, Paraná e Espírito Santo. Também estavam presentes representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), da Embrapa, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen).

 

Saiba mais

 

O Banco de Caixas Plásticas da Ceasa-Campinas foi inaugurado no dia 5 de novembro de 2009 para higienizar, armazenar, locar, vender e fornecer laudo técnico de higiene de embalagens plásticas. É a primeira Ceasa do estado a contar com este trabalho. A Logiclean é a empresa que ganhou a licitação para prestar o serviço e investiu cerca de R$ 4,5 milhões no projeto. O Banco tem capacidade para lavar até 2.600 caixas por hora, gera50 empregos diretos de maneira imediata. O serviço está hoje numa área de três mil metros quadrados e deve ser expandido gradativamente para um espaço de até 12 mil metros quadrados e gerar 200 postos de trabalho.

 

Objetivo

 

O objetivo da iniciativa é melhorar as condições de embalagem e a qualidade das hortaliças e frutas fazendo o acondicionamento e transporte destes produtos em caixas higienizadas e padronizadas. Será um trabalho gradativo para retirar do mercado as 1,2 milhão de embalagens de madeira retornáveis até 30 de setembro de 2010. Após este período, as caixas de madeira e de papelão vão poder ser utilizadas uma única vez, sem possibilidade de reaproveitamento. As de plástico fora de padrão, cerca de 600 mil que já circulam no mercado, também continuarão em uso, mas higienizadas.

 

O Banco atende às exigências da Instrução Normativa SARC/Anvisa/Inmetro número 09/2002 e orientações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estabelecem as condições para a reutilização de embalagens e regulamenta o acondicionamento, manuseio e comercialização de produtos in natura.

 

Como funciona

 

Todo o serviço do Banco de Caixas Plásticas será informatizado e com a chamada logística reversa, sistema que garante o rastreamento e o retorno das embalagens. Os produtores, atacadistas e clientes, portanto, não vão mais precisar ter estoques de caixas o que deve reduzir em até quatro vezes o volume de embalagens que circulam da Ceasa-Campinas. Os clientes serão cadastrados e recebem um cartão onde movimentam seus créditos. O cliente da Ceasa (supermercado, varejão, feirante, etc) vai até o Banco deposita caixas para higienizar e recebe a quantidade em créditos no cartão. O atacadista ou produtor também vai até o serviço retirar