"Mais saúde e segurança alimentar do usuário e do consumidor, melhor qualidade de vida para cada trabalhador e trabalhadora". Foi assim que o prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, resumiu a importância do Banco de Caixas Plásticas, o novo serviço inaugurado na manhã desta quinta-feira, 5 de novembro, na Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa). O evento reuniu cerca de 300 pessoas entre vereadores; empresários do setor de supermercados, varejo e plásticos; acadêmicos; diretores de outras centrais de abastecimento; órgãos ligados à agricultura e defesa agropecuária; atacadistas, carregadores e funcionários da Ceasa e outras autoridades.
Ao falar da importância econômica e social da Ceasa o prefeito lembrou que a iniciativa do Banco de Caixas vai gerar ganhos ambientais e que aponta o caminho de modernização que a administração está direcionando para a Central. Ele citou obras e investimentos no entreposto como "ferramentas de atratividade para garantir conforto e crescimento para os usuários" e falou da importância da parceria com os permissionários.
A cerimônia foi aberta pelo jornalista José Arnaldo que fez uma apresentação sobre o Banco, o seu funcionamento e as diversas vantagens das embalagens higienizadas. O vice-prefeito de Campinas e presidente da Ceasa, Demétrio Vilagra, explicou o papel da Central no abastecimento e na segurança alimentar da cidade e do compromisso de modernizar a empresa. "Foi pensando nestas responsabilidades, nesta necessidade do setor de avançar que recebemos a orientação do prefeito de oferecer para o entreposto um olhar moderno e garantir as boas condições para os produtores e atacadistas comercializarem e garantirem o seu crescimento, para os clientes e trabalhadores ficarem cada vez mais satisfeitos, para a população receber em sua casa produtos com qualidade, bons preços e saudáveis", disse.
Representando os clientes da Ceasa, a Associação Paulista dos Supermercados (Apas) participou de todo processo de discussão sobre o novo serviço que durou três anos. O diretor da Associação, Palimércio Antônio de Lucas, acredita que a novidade trará ganhos para todos os elos da cadeia, do produtor ao consumidor e elogiou o trabalho. "Isso é o futuro, traz mais saúde, alimentos de maior qualidade para o consumidor final e também para nós", avaliou. O presidente da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen), João Alberto paixão Lages, disse que a Ceasa campineira está "na vanguarda das centrais" e falou da retomada da discussão da importância dos entrepostos e da mobilização do setor em torno de um novo modelo sistêmico e moderno.
Repercussão
"É um serviço novo, precisamos ver como vai ser o funcionamento, mas calculo que vou conseguir reduzir em 50% do custo com embalagem. É muito importante para modernizar, reduzir perdas e trazer mais higiene. Há benefícios para os clientes, os consumidores e o meio ambiente", avaliou Emílio César Favero, atacadista da Ceasa e presidente do Conselho da Associação dos Permissionários da Ceasa. Segundo o presidente do Sindicato dos Carregadores, Gilmar Ornelas de Oliveira, o Banco também traz vantagens para a categoria. "Acho que vai melhorar muito para a gente empilhar, transportar e ter menos acidentes", disse.
O que é
O Banco de Caixas Plásticas é um novo serviço que vai funcionar na Ceasa-Campinas para higienizar, armazenar, locar, vender e fornecer laudo técnico de higiene de embalagens plásticas. É a primeira Ceasa do estado a contar com este trabalho. A Logiclean é a empresa que ganhou a licitação para prestar o serviço e investiu cerca de R$ 4,5 milhões no projeto. O Banco tem capacidade para lavar até 2.600 caixas por hora, vai gerar 50 empregos diretos de maneira imediata. O serviço está hoje numa área de três mil metros quadrados e deve ser expandido gradativamente para um espaço de até 12 mil metros quadrados e gerar 200 postos de trabalho.
Objetivo
O objetivo da iniciativa é melhorar as condições de embalagem e a qualidade das hortaliças e frutas fazendo o acondicionamento e transporte destes produtos em caixas higienizadas e padronizadas. Será um trabalho gradativo para retirar do mercado as 1,2 milhão de embalagens de madeira retornáveis até 30 de setembro de 2010. Após este período, as caixas de madeira e de papelão vão poder ser utilizadas uma única vez, sem possibilidade de reaproveitamento. As de plástico fora de padrão, cerca de 600 mil que já circulam no mercado, também continuarão em uso, mas higienizadas.
O Banco também faz parte do Programa de Modernização da Ceasa e atende às exigências da Instrução Normativa SARC/Anvisa/Inmetro número 09/2002 e orientações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estabelecem as condições para a reutilização de embalagens e regulamenta o acondicionamento, manuseio e comercialização de produtos in natura.
Como funciona
Todo o serviço do Banco de Caixas Plásticas será informatizado e com a chamada logística reversa, sistema que garante o rastreamento e o retorno das embalagens. Os clientes serão cadastrados e recebem um cartão onde movimentam seus créditos. O cliente da Ceasa (supermercado, varejão, feirante, etc) vai até o Banco deposita caixas para higienizar e recebe a quantidade em créditos no cartão. O atac