Caminhoneiro viaja mais de 1000 km para garantir frutas á Ceasa

Há aproximadamente um ano, Flávio Oliveira Raulino, deixa sua casa para enfrentar a estrada e fazer entregas pelo país; mais especificamente, na Ceasa Campinas. O trajeto dura 18 horas e percorre mais de 1.000 km para chegar a terras campineiras.
A placa vermelha no para-choque azul não esconde a origem: Nova Venécia, município brasileiro do estado do Espírito Santo, onde as fortes chuvas causaram destruição. Apesar de toda tristeza, o caminhoneiro não deixou de garantir mamão e coco ao entreposto. “Passei em cidades piores do que a minha. É uma situação de muita tristeza. Estão aguardando ajuda de quem puder. Muita gente perdeu tudo. Não tem como voltar para casa. Só quem passou por isso sabe o que é”, afirma.
Casada com Flávio há 13 anos, Euzira Tressmann prepara o almoço carinhosamente para o companheiro na cozinha do próprio veículo. Os olhos claros e delicados não escondem a saudade da filha que ficou para trás. “Acompanho meu marido nas férias. Mas é complicado. Coração de mãe fica apertado. Quando pode, minha filha vem junto. Mas não é em todo lugar”, explica. A filha, Thaisnara Tressmann, de 8 anos, ficou com a avó na cidade onde moram.
Graças ao esforço e boa vontade de profissionais como Flavio, a Ceasa Campinas consegue garantir frutas fundamentais para mais de 500 cidades abastecidas pelo entreposto campineiro.