Ceasa destina módulos de comercialização à agricultura familiar

2014 é considerado pela Assembleia das Nações Unidas o Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF). A homenagem destaca a importância do produtor em diversas situações na sociedade, como na erradicação da fome e da pobreza, na provisão de segurança alimentar e nutrição, entre outros. Consciente do papel exercido por estes profiissionais, a Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa), destinou 10 módulos de comercialização para ocupação da agricultura familiar.
“Com a finalidade de cadastrar os produtores familiares da região de Campinas e municípios circunvizinhos e com a intenção de fomentar a formação de novas associações ou cooperativas, o presidente da empresa (Dr. Mário Dino Gadioli), solicitou que fosse destinadas áreas para instalar agricultores nas condições exigidas pelo programa PRONAF do MDA”, conta Márcio Lima, coordenador do departamento de Hortifrutigranjeiro da Ceasa.
Três agricultores já se encontram em atividade e outros seis com a documentação em análise no departamento jurídico da empresa. Os produtores interessados na inciativa da Central são da região de Valinhos, Piedade, Sorocaba, Guapiara, e sul de Minas Gerais (Estiva, Cambuí). Além destes, há demanda para pelo menos três interessados individuais e uma Associação.
Incentivo à agricultura familiar
Para a utilização das pedras de comercialização na Ceasa-Campinas, o produtor deve se enquadrar nos critérios do PRONAF, possuir DAP – Declaração de Aptidão ao Pronaf ativo, e apresentar as documentações exigidas pela Ceasa: Documentos pessoais, documento da terra, comprovante de endereço, DAP – Declaração de Aptidão ao Pronaf com o extrato de DAP, CNPJ e Cadesp (Inscrição Estadual) atualizada.
Segundo Carlos Alberto Agostin, agricultor familiar e permissionário, a iniciativa auxilia o pequeno produtor. Cultiva, no sítio situado na região de Valinhos, quiabo, abobrinha e goiaba. “Entrego na Ceasa ás segundas, quartas e sextas. No início, tivemos um período de adaptação. A iniciativa ajudou muito”, conclui o produtor.
“Além do fortalecimento do agricultor a curto prazo, a fixação e estabilização do produtor e sua produção com o devido planejamento e desenvolvimento de estratégias para um prazo maior, o aumento de concorrência na oferta aos mercados proporcionando preços mais justos e menor sazonalidade de produção interferindo neste momento no vai e vem de preços principalmente das hortaliças, transparências nas ações que visem fornecimento de produtos utilizando critérios do programa PRONAF e transparência na divulgação de preços para estes produtos no âmbito institucional”, esclarece o coordenador.