Depois de dois anos de tentativas e sete pregões fracassados, a Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa) conseguiu esta semana fazer o seguro de todo prédio da empresa, uma área de 500 mil metros quadrados. A seguradora contratada é da Caixa Econômica Federal que vai garantir à Ceasa seguro contra diversos riscos que somam R$47,9 milhões.
O contrato assegura à Central proteção em situações e danos como incêndio, raio, explosão, vendaval, granizo, impactos de aeronaves, avarias elétricas em equipamentos e até mesmo contra ocorrências de tumultos e outras de responsabilidade civil. O prazo do contrato é de um ano, mas pode ser prorrogado, conforme determina a lei.
Segundo o gerente Administrativo e de Recursos Humanos da Ceasa, José Anízio Marim, havia entre as seguradoras preocupação em fechar contrato tendo em vista experiências vivenciadas em outros entrepostos. Por conta disto a Ceasa enfrentava dificuldades na contratação de seguro e os pregões para este fim isso não obtinham sucesso, uma vez que mais de 20 empresas retiravam o edital, mas não apresentavam proposta.
"Elas tinham em mente experiências de outras ceasas com enchentes e incêndios constantes. Por isso, fizemos um trabalho voltado a mostrar a Ceasa Campinas junto ao mercado de seguros, apresentando nossa estrutura e características e também reorganizamos todo o memorial descritivo", informa o gerente.
Esta reorganização redimensionou os objetos a serem contratados possibilitando, inclusive, economia. O contrato com a seguradora nos moldes anteriores tinha previsão de custo de R$ 400 mil, "mas conseguimos celebrar a contratação por R$ 99 mil", explicou José Anízio.
Devido a esta dificuldade a Ceasa consultou o Tribunal de Contas do Estado, órgão que analisa todos os procedimentos licitatórios e contratos dos gestores públicos, e conseguiu fechar o contrato com dispensa de licitação.
Tranquilidade
"Fomos consultados e participamos de todo este processo e os resultados são satisfatórios. Esta era uma preocupação muito grande de todos os permissionários da Ceasa, pois os gastos com a estrutura dos prédios são rateados entre nós, comerciantes", avaliou Marco Antônio Adami, presidente da Associação dos Permissionários da Ceasa, a Assoceasa.
Para o presidente da entidade que representa os atacadistas do Mercado de Flores da Ceasa, a Aproccamp, Newton Erbolato Júnior, o seguro traz mais tranquilidade. "Ninguém quer nem pretende que aconteça qualquer problema, mas é sempre importante estarmos prevenidos porque os custos podem ser altos", disse.