Ceasa participa de passeio temático de Maria Fumaça

A Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa), participou da programação de encerramento do 6º Festival Gastronômico de Campinas e Região neste sábado, 23 de agosto, com o passeio temático “Café no Trem, Expresso 505”.
A iniciativa contou com viagem histórica de Maria Fumaça, onde a locomotiva de quase um século, telefones centenários e carros de madeira deram vida à ferrovia de 128 anos.
“Valorizar patrimônio cultural, o passado da região e a importância econômica do café desde o período colonial é uma das responsabilidades que assumimos ao criar um evento como esse, muito importante para essa e para as próximas gerações”, revela professor Ali El-Khatib, superintendente do Instituto Jerusalém do Brasil e coordenador do Campinas Café Festival.
Os 24 quilômetros que a maria-fumaça percorreu é remanescente da ferrovia que ligava os estados de São Paulo e Minas Gerais, a Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, fundada em 1872 e desativada em 1971. Originalmente tinha 1.992 quilômetros entre Campinas e a mineira Araguari, por onde passaram passageiros e cargas dois estados.
O trem que trafegou a uma velocidade média de 40 quilômetros por hora passou por fazendas centenárias de café. Antes da viagem, uma equipe de nutricionistas da Ceasa Campinas organizou colocando á disposição dos visitantes um café da manhã saudável. Segundo Luciana Martinuzzo, nutricionista de Ceasa, a inciativa da Central foi incentivar o hábito da alimentação saudável entre os visitantes. “A Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa) tem essa preocupação de esclarecer á população a importância da boa alimentação, começando pelo café da manhã, por exemplo”, esclarece a profissional.
Estações
Ao todo, o passeio durou  4 horas e incluiu estações históricas. A primeira delas foi a Estação Anhumas, localizava-se na fazenda de mesmo nome - referência a uma ave pantaneira, que entre os meses de agosto e outubro migrada para o Estado de São Paulo e norte do Paraná, fazendo pouso na fazenda.
Em seguida, o trem passou pela Estação Pedro Américo. Seu nome é referência a um dos primeiros donos da fazende São Vicente, e a estação foi construída em frente a um talude (paredão).
Originalmente a estação chamava-se Gety e ficava localizada no outro lado da colina de onde hoje é a atual Estação Pedro Américo, após a retificação o prédio ficou fora do novo traçado ocasionando seu fechamento como estação - posteriormente o teve o pédio demolido. O novo prédio foi inaugurado em 12/10/1926.
A Estação Tanquinho teve como característica ser a única a ter uma linha destinada a lavagem dos vagões que transportavam animais, duas linhas para embarque de café, além de um desvio com plataforma para embarque e desembarque de gado.
A Estação Desembargador Furtado,faz referência a um dos antigos proprietários da Fazenda Duas Pontes. A estação foi construída por conta das sugestões do Desembargador junto a Companhia Mogiana. A fazenda chegou a ser uma das maiores produtoras de café de Campinas. Segundo registros nesta estação o volume de embarque do café era correspondente ao total das demais estações da Mogyano no trecho campineiro.
A Estação Carlos Gomesé a ultima localizada em Campinas. O nome foi uma homenagem da "Companhia Mogyana" ao maestro/ compositor campineiro de música clássica Carlos Gomes. Seu pátio era equipado com 4 linhas, sendo estas para embarque do café, em uma plataforma de embarque para pedras e gado.
Curiosidades
As primeiras locomotivas a vapor datam do período entre os anos de 1813 a 1820, foram utilizadas pelas minas carvão da inglaterra. James Watt é considerado o pai do motor a vapor.
No ano de 1825, entre Darlington e Stocjton, Inglaterra, foi inaugurada a primeira ferrovia pública. Inicialmente os tren