Ceasa recebe visita de representante da comunidade árabe

O papel de Campinas nas ações de segurança alimentar foram lembradas no aniversário de 237 anos da cidade durante a visita de representantes da comunidade árabe na Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa), nesta quinta-feira, dia 14 de julho. A empresa recebeu o presidente da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras) e da CIBAL-Alimentos Halal, Mohamed Hussein Zoghbi. Ele veio conhecer a Central e as ações sociais da empresa, em especial o Banco Municipal de Alimentos e o Instituto de Solidariedade para Programas de Alimentação (ISA), ONG que funciona dentro da Ceasa-Campinas.

A visita foi organizada pela Secretaria Municipal de Cooperação Internacional e pelo coordenador do Núcleo de Estudos Árabes da Facamp (NEAF), Ali El-Khatib, que também é membro do Conselho Gestor do Banco de Alimentos de Campinas desde sua fundação. Mohamed foi recebido pela diretoria da empresa - junto com o secretário e o diretor de Cooperação Internacional, Sinval Dorigon e Rodrigo Hajjar Francisco, participaram de uma apresentação sobre a Ceasa e os programas sociais e ambientais que desenvolve e em seguida conheceram o Banco e o ISA. Também participaram da recepção funcionários da Ceasa, a coordenadora do Banco Municipal de Alimentos, além do gerente e de diretores do ISA.

"Viemos conhecer e se Deus quiser vamos fazer o possível para contribuir com este maravilhoso projeto de dar alimentação a quem precisa", disse o presidente da Fambras. Ele explicou que tem interesse de propor às entidades islâmicas que o procuram para ajudar trabalhos sociais como os de Campinas e que pretende exportar estas ações principalmente para países que muito precisam como a África.

O presidente da Ceasa-Campinas, Nivaldo Dóro, falou sobre a importância dos trabalhos de segurança alimentar do município que beneficiam mais de 75 mil pessoas com ações de distribuição de alimentos e educação nutricional e da alimentação escolar responsável por 255 mil refeições por dia nas escolas públicas da cidade. "Campinas foi uma das primeiras cidades do país a encampar e colocar em prática ações do Projeto Fome Zero e é hoje uma referência na área", analisou o presidente.

O diretor social do ISA, José Aparecido Fernandes, o Zé Mineiro, descreveu um pouco da história da ONG e da satisfação de ter um programa que garante cerca de 300 toneladas de hortifrutis por mês para famílias carentes. "A Ceasa de Campinas assumiu o desafio de não deixar estes alimentos serem jogados e de ajudar as famílias que vinham aqui pegar produtos no chão. Começamos em 1984, quando nos deparamos com o crescimento da marginalidade e conseguimos organizar este projeto através do ISA, em 1994, para ir de encontro com esta necessidade de ajudar estas pessoas que passavam por necessidade", contou.

Para o secretário de Cooperação Internacional, Sinval Dorigon, o encontro promove uma troca de experiências. "Eles têm andado pelo mundo todo vendo iniciativas na área alimentar. Então podemos ter acesso ao que eles estão conhecendo e ao mesmo tempo mostrar nosso case de sucesso em Campinas", avaliou.

Parque Yasser Arafat

Após a visita na Ceasa, o presidente da Fambras foi conhecer o Parque Yasser Arafat que integra a Vila Parque Anhumas. Uma grande rocha, que tem esculpido em sua parede o rosto de líder palestino, é o principal marco do espaço que fica na região leste da cidade e recebeu diversos serviços, como pista de caminhada, plantio de mudas de árvores, calçada e alambrado e que vai abrigar parte da extensão dos trilhos da maria-fumaça, ligando Jaguariúna à Praça Arautos da Paz.

O memorial em homenagem a Yasser Arafat é uma grande pedra de granito preto bruto, existente no próprio local, onde foi esculpida a imagem do líder palestino com a inscrição de duas de suas famosas frases: "A justiça da causa determina o direito da luta" e "Sou rebelde e a minha causa é a liberdade".

Yasser Arafat foi o líder da Autoridade Palestina e, desde 1969, presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Em 1994, foi co-detentor do Nobel da Paz por sua relevante contribuição para o estabelecimento do Acordo de Oslo (1993), que estipulava a implementação da auto-administração Palestina na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Ele faleceu em 11 de novembro de 2004, na França.