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O mercado das Centrais de Abastecimento S/A (Ceasa) de Campinas acompanha de perto os desafios enfrentados pelos produtores, comerciantes e transportadores durante as chuvas de verão para garantir o fornecimento regular de hortifrutigranjeiro nos supermercados e feiras da Região Metropolitana de Campinas (RMC).
Culturas mais suscetíveis, como alface, tomate e batata, necessitam de solo mais equilibrado para o desenvolvimento adequado, e enfrentam dificuldade com o encharcamento causado pelas chuvas excessivas. “Esse é o ambiente propício para a proliferação fúngica e bacteriana, que exige maior atenção dos produtores em medidas de controle fitossanitário”, explica Ricardo Munhoz, gerente de Mercado e Agricultura da Ceasa Campinas.
Com um ciclo curto, hortaliças que precisam de condições climáticas estáveis podem apresentar colheitas irregulares, o que resulta em flutuações na oferta e na demanda, afetando o abastecimento dos mercados. Durante a colheita, as chuvas mais fortes também podem impossibilitar o trânsito de máquinas agrícolas nas lavouras, uma vez que o solo fica inundado, o que também colabora para atrasos no fornecimento aos distribuidores, a exemplo da batata e cenoura.
“Uma solução seria fomentar o cultivo protegido em estufas, reduzindo, assim, os impactos das variações climáticas”, completa Munhoz. Apesar dos desafios impostos pelas chuvas de verão, Cícero Araújo, trabalhador da Ceasa, contou que não houve variação em seu abastecimento de batatas neste ano, mostrando que, até o momento, estoques estão ajudando a regular a oferta do produto.
Curiosidades da época
As frutas que recebem um grande volume de água num curto período de tempo, podem, inclusive, sofrer rachaduras na casca, pois absorvem uma quantidade desproporcional de água.
Além disso, a chuva torrencial em plantações de cítricos pode alterar o sabor da fruta, já que a água em excesso dilui o teor de açúcar, deixando-a menos doce.