Combate à dengue é preocupação da Central

A Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa), realizou na manhã desta quinta-feira, dia 19 de março, nova explanação sobre o combate à dengue. O técnico do Mercado de Hortifrutigranjeiros, Ricardo Almeida, iniciou a reunião comentando sobre a importância do combate ao vetor causador da doença e apresentando as palestrantes Thais Cristina da Silva e Márcia Helena Amaral.

O objetivo do encontro foi esclarecer, de forma contundente, como se dá a disseminação da doença e expor pequenas atitudes que podem auxiliar no combate, tanto no ambiente de trabalho, quanto no ambiente doméstico.

Para Márcia Helena Amaral, coordenadora projeto dengue (Visa-Norte), eliminarcriadouro éa principal ação de combate. “Estamos vivendo uma epidemia. Em 2014, 42 mil pessoas no município de Campinas tiveram dengue. O Aedes aegypti se caracteriza por ser um inseto de comportamento urbano. Em média, cada Aedes aegypti vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos de cada vez. Uma vez com o vírus da dengue, a fêmea torna-se vetor permanente da doença e calcula-se que haja uma probabilidade entre 30 e 40% de chances de suas crias já nascerem também infectadas. È de extrema importância combater os criadouros”, comentou.

Thais Cristina da Silva, agente de controle ambiental (Visa-Norte), explicou sobre o modo de transmissão. “A fêmea do mosquito pica a pessoa infectada, mantém o vírus em sua saliva e o retransmite em novas picadas. A transmissão ocorre pelo ciclo homem-Aedes aegypti-homem. Após a ingestão de sangue infectado pelo inseto fêmea, transcorre nesta fêmea um período de incubação”, disse.  Após esse período, o mosquito torna-se apto a transmitir o vírus e assim permanece durante toda a vida. “O mosquito transmitirá o vírus em todas as picadas que realizar a partir dali”, finalizou.

É a quarta palestra organizada pela Central para informar e discutir maneiras simples e eficazes de combater a epidemia da doença. Aproximadamente 40 funcionários participaram da iniciativa. Os diretores José Afonso Bittencourt e Claudinei Barbosa, também estavam presentes.

Sobre a doença

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

A infecção é viral, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, uma espécie hematófaga originária da África que chegou ao continente americano na época da colonização. Não há transmissão pelo contato de um doente ou suas secreções com uma pessoa sadia, nem fontes de água ou alimento.

O tempo médio do ciclo é de 5 a 6 dias, e o intervalo entre a picada e a manifestação da doença chama-se período de incubação. É só depois desse período que os sintomas aparecem. Geralmente os sintomas se manifestam a partir do 3° dia depois da picada do mosquito.

Principais sintomas:

Febre alta com início súbito.

 Forte dor de cabeça.