Curso sobre alimentação de bebês inicia atividades educativas da alimentação escolar

Quais os cuidados, forma de preparo e quantidades necessárias para garantir a saúde e bons hábitos alimentares no primeiro ano de vida dos bebês. Este foi o tema da Oficina de Educação Nutricional do Programa Municipal de Alimentação Escolar de Campinas, realizada na cozinha experimental da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa), nesta terça-feira, 19 de fevereiro.
 
A aula reuniu cerca de 25 profissionais das escolas da cidade - cozinheiras, diretores, professores, monitores e agentes de educação - e abriu o ciclo de atividades educativas de 2013 do Programa. Outras turmas participam desta mesma Oficina nesta quarta, quinta e sexta-feira, dias 20, 21 e 22 de fevereiro.
 
Segundo a nutricionista responsável pela atividade, Luciana Martinuzzo, nos próximos meses haverá oficinas sobre intolerância à lactose e alergia ao glúten. Novos temas também estão sendo estudados, conforme ela, para a série de oficinas que acontecerão no segundo semestre.
 
“O objetivo é sempre buscar aprimorar o trabalho garantindo mais qualidade nas refeições. Para isso, este ano estamos envolvendo toda comunidade escolar. É importante que não apenas as cozinheiras tenham este conhecimento. Nas creches são os monitores e agentes acompanham a alimentação, portanto, é fundamental que eles também dominem este conteúdo”, explicou a nutricionista.
 
As oficinas são organizadas pelo Departamento de Alimentação Escolar da Ceasa. As aulas são teóricas e práticas e realizadas na cozinha experimental da Central.
 
Desafio
 
O tema abordado na primeira oficina sobre alimentação no primeiro ano de vida é um dos que mais atraem participantes, segundo Luciana. “A pedido das diretoras durante reunião que tivemos no final de 2012, resolvemos fazer esta oficina logo no começo do ano e devido ao grande número de inscritos abrimos quatro turmas”, informou.
 
Segundo ela, a alimentação na primeira infância é um grande desafio. “Ela exige cuidados e acompanhamento muito estreito e é fundamental no desenvolvimento e nos hábitos alimentares para toda a vida”, comentou. 
 
Na oficina foram reforçados os cuidados com a higiene e manipulação dos alimentos; formas de estimular uma alimentação saudável e o modo correto de preparar as papinhas. Segundo a nutricionista, é muito importante picar em pedaços bem pequenos os alimentos, amassar a papinha com o garfo e nunca bater no liquidificador.
 
Isso porque, conta ela, esta consistência do alimento estimula a mastigação, melhora o desenvolvimento dos dentes e da musculatura facial e favorece os mecanismos de deglutição e da linguagem.
 
Também foram trabalhadas a forma de introdução de novos alimentos aos bebês e a consistência da alimentação. Na aula foram preparadas papinhas salgadas e de frutas e os profissionais presentes acompanharam todo o processo desde o pré-preparo até o porcionamento no prato.
 
Aprovação
 
“Achei muito importante participar deste curso. A gente não conhece como o pessoal da cozinha trabalha e sabendo ajuda muito no que eu faço. Um exemplo é a higienização de copos, que agora vamos mudar e passar a esterilizar na cozinha”, comentou o monitor João Batista do Nascimento que trabalha no Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) José Fidelis.
 
Para a cozinheira Uliana Camila a Oficina veio num momento importante. “Trabalho só há seis meses na creche e aqui pude tirar muitas dúvidas e aprender bastante”, afirmou. Ela atua na Cemei Beatriz Moreira.
 
Parceria com Posto de Saúde
 
A pediatra Suzana Carneiro Medeiros participou da Oficina com uma enfermeira e uma auxiliar de enfermagem de sua equipe do Centro de Saúde Rosário, da Vila Padre Anchieta. “Estamos iniciando um trabalho com o Programa de Alimentação Escolar para prevenir e combater a obesidade naquela região”, explicou.
 
A pediatra contou que se assustou com a quantidade de pacientes, adultos e crianças, acima do peso que atende no Centro de Saúde. Por isso, ela resolveu trabalhar o tema da obesidade e um caminho foi o contato com as nutricionistas da alimentação escolar. “A maioria das crianças das escolas da região passa pelo Posto, por isso nada melhor que esta parceria para falarmos a mesma linguagem e atingir o objetiv