Feira da Saúde beneficia comunidade da Central

"Era tudo que eu precisava", relata a corretora Adriana Dias Oliveira enquanto relaxa deitada numa esteira vibratória em plena tarde no estacionamento da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa). Ela trabalha na Ceasa-Campinas, está com problema de tensão muscular e dor nas costas e aproveitou para participar de uma das atividades da 2ª Feira da Saúde da Central, que aconteceu nesta segunda-feira, dia 10 de agosto, o dia todo.  O evento, organizado pelo ambulatório do entreposto da Secretaria  Municipal de Saúde, com apoio da Ceasa, atraiu um público 50% maior que a primeira edição, em 2008. Cerca de 1.500 pessoas circularam pela Feira este ano, segundo os organizadores, e foram distribuídos dois mil preservativos.

O motorista Antônio Carlos Martins mediu sua pressão, fez o teste de diabetes e ainda comeu frutas e tomou suco de caju. "É uma oportunidade, a gente ganha tempo", avaliou. A iniciativa agradou a auxiliar administrativa, Valéria Cristina Fidêncio que visitou a barraca com orientações sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis, buscou mais informações em outro estande a respeito da chamada gripe suína (H1N1) e tomou vacina contra a gripe e tétano. Moradores da região como a estudante Maria Fernanda Rodrigues e suas amigas, que moram na Vila Olímpia, também aproveitaram a Feira. "Muito legal, fiz minha unha e vou fazer o cabelo também", contou Maria Fernanda.

Novidade este ano, o trabalho de prevenção ao câncer de próstata ficou com a sala cheia o dia todo. "Sou caminhoneiro, já vi na estrada uma ação desta mas nunca parei. Como estou sempre aqui quero ver se me cuido um pouco", explicou Luiz Leandro Gonçalves, que aos 53 anos nunca passou por uma avaliação de urologia. A Feira teve ainda coleta de papanicolau e de vários exames de sangue, avaliação nutricional, massagem terapêutica, corte de cabelo, orientação sobre câncer de mama, métodos anticoncepcionais, saúde bucal, doenças relacionadas ao trabalho e animais peçonhentos.

Segundo a coordenadora do ambulatório médico da Ceasa e uma das organizadoras do evento, Maria Cristina Prini, a atividade cumpriu o objetivo com sucesso. "A prevenção e a orientação sobre as doenças são o foco principal. Pensamos neste formato para tentar ampliar o número de pessoas que conseguirmos atingir através do nosso trabalho diária aqui no ambulatório", explicou. Ela ressaltou que tanto a participação em cada atividade quanto os resultados dos exames e avaliações servem também para nortear as ações do posto. Como exemplo, Maria Cristina citou a hipertensão que teve muitos casos constatados e medicados durante a Feira.

A iniciativa celebra o Dia Nacional da Saúde, em 5 de agosto, e conta com a parceria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), da Escola Global de Educação Profissional, além as entidades que representam os comerciantes da Ceasa,  a Associação dos Produtores e Comerciantes do Mercado de Flores de Campinas (Aproccamp) e a Associação dos Permissionários de Campinas (Assoceasa).

Gripe suína

O presidente da Ceasa-Campinas e vice-prefeito, Demétrio Vilagra, salientou a importância da Feira neste momento de enfrentamento da gripe H1N1. "Toda atividade que busque orientar as pessoas na área de saúde é fundamental para esclarecer, conscientizar ainda mais quando muita gente está confusa e preocupada e com dúvidas sobre a nova gripe", disse. O entreposto, conforme Vilagra, recebe uma média de 15 mil pessoas por dia, muitas vindas de diversas partes do país e precisa contar com atividades de esclarecimento. O ambulatório médico da Ceasa em conjunto com as gerências e técnicos dos mercados de Flores e de Hortifrutis têm realizado ações constantes de orientação sobre a H1N1 por meio de distribuição de panfletos, reuniões e visitas para sanar dúvidas e orientar diretamente nos boxes.

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