Funcionários de logística da alimentação escolar têm curso de atualização

Receber, armazenar e controlar uma média de 330 toneladas de alimentos por mês e distribuir em 566 pontos diferentes da cidade. Esta é a rotina do setor de logística do Departamento de Alimentação Escolar da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa). Para garantir a qualidade desta tarefa, 24 funcionários que trabalham diretamente com a logística participaram de um curso de atualização nesta quarta-feira, dia 8 de agosto, no auditório da Ceasa.
 
A nutricionista Ivonizar Varanda conta que primeiro foi feita uma revisão do Manual de Boas Práticas do departamento em acordo com a legislação vigente como as normas técnicas para controle de qualidade de produtos (a NBR 12806-02/93 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT), das portarias 6 e 15 do Centro de Vigilância Sanitária (CVS), das Resoluções da Diretoria Colegiada (RDC) 275 e 216 e da Resolução 38/2009 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) .
 
“O abastecimento é uma das principais etapas do Programa de Alimentação Escolar de Campinas responsável por mais de 250 mil refeições diárias servidas nas escolas. Por isso, investir em treinamento e capacitação é fundamental para garantir a segurança destes alimentos - do recebimento até a entrega nas unidades”, avaliou a nutricionista. Os trabalhadores do estoque, carga, descarga e transporte recebem os produtos dos fornecedores; analisam e conferem a quantidade e qualidade, de acordo com o pedido; armazenam e acompanham a temperatura, condições e validade destes alimentos e carregam os caminhões e transportam abastecendo as escolas.
 
Com base nos dados de 2011, carne bovina e arroz são os produtos mais consumidos no Programa: 320 mil quilos servidos por ano, de cada um. A quantidade anual de frango chega a 250 toneladas, de feijão são 120 mil quilos e de leite 300 toneladas. O Departamento conta com sete veículos de carga que realizam pelo menos 80 viagens por mês cada um para conseguir abastecer as 566 escolas estaduais, municipais, ONGs, centros de assistência social do município e salas de educação de jovens e adultos.
 
Segundo Ivonizar, há normas e técnicas para o armazenamento, temperatura e tempo de refrigeração de cada alimento; exigências quanto à higiene, ao tipo e características de transporte para cada variedade de produto; além de recomendações a serem observadas no recebimento, carregamento e distribuição. Tudo isso garante não apenas a qualidade destes alimentos, como também evita perdas e desperdício.
Além dos estocáveis, o Programa tem ainda alimentos que pela característica de serem mais perecíveis são distribuídos ponto a ponto, nas unidades escolares pelas empresas fornecedoras. É o caso dos pães e dos hortifrutis que não ficam no galpão da Ceasa vão diretamente para as escolas. Na Ceasa é feita ainda a logística de produtos da rede estadual de ensino vindos do governo do estado.