Campinas recebe entre hoje e o dia 26 de setembro o 29º Congresso Anual da União Mundial de Mercados Atacadistas (World Union of Wholesale Markets/WUWM). O tema do Congresso, que tem apoio da Ceasa Campinas, é ‘O Meio ambiente e o futuro dos mercados atacadistas’.
A escolha de Campinas para sediar o evento ocorreu em virtude dos impactos trazidos na produção de alimentos pelas mudanças climáticas que têm ocorrido em diversos países. “O encontro é o ambiente ideal para a atualização do setor frente às tendências mundiais e, também, oportunidade para discutir os desafios enfrentados na produção de alimentos in natura”, afirma Mário Dino Gadioli, diretor-presidente da Ceasa Campinas”.
Palestrantes como o pesquisador da Embrapa, Evaristo Eduardo de Miranda; o presidente da WUWM, Manuel Estrada, entre outros, estarão presentes. No decorrer das atividades, os participantes terão a oportunidade de debater temas como novos cenários para o abastecimento alimentar frente às mudanças climáticas; os mercados atacadistas no século XXI – maior eficiência e especialização dos serviços; integração dos Mercados Atacadistas com os segmentos de produção e varejo e mercados varejistas tradicionais e os novos modelos para distribuição varejista de alimentos – agregação de valores aos produtos e a influência das campanhas promocionais para aumento de consumo, além de visita técnica à Ceasa/Campinas, Ceagesp/SP e Mercado Municipal de São Paulo (Mercadão da Cantareira).
Visita aos Mercados da Ceasa Campinas
Um dos destaques do penúltimo dia do evento é a visita aos Mercados da Ceasa Campinas. O Mercado de Hortigranjeiros da Ceasa-Campinas movimenta mais de 60 mil toneladas de frutas, verduras e legumes por mês, o equivalente a cerca de R$ 95 milhões mensais.
Recebe cerca de 20 mil clientes vindos de todas as regiões do País. É responsável pelo abastecimento de mais de 500 municípios e recebe produtos de 700 localidades, inclusive do exterior, em especial dos Estados Unidos, países da América Latina e da Europa, da Nova Zelândia e da China.
O Mercado de Flores é um dos maiores mercados permanentes de flores e plantas ornamentais da América Latina. É responsável pela distribuição de 40% das flores e plantas ornamentais do setor atacadista do país.
O Mercado que movimenta uma média de 6 mil toneladas por mês, em torno de R$ 10 milhões mensais. Tem mais de 11 mil clientes cadastrados como paisagistas, arquitetos, hotéis, decoradores, empresários, supermercados, floriculturas, entre outros. Recebe mais de 30 mil pessoas por mês abastecendo as 5 regiões do País.
Abastecimento e interferências climáticas
A produção agrícola depende, diretamente, de fatores climáticos, como temperatura, pluviosidade, umidade do solo e radiação solar. Qualquer mudança nesse aspecto pode afetar o abastecimento de alimentos. Segundo as constatações de estudos realizados por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o déficit de chuvas em todo o Brasil vem aumentando nas últimas décadas e se tornando mais grave nos últimos anos. A região Sudeste do país, por exemplo, enfrentou em 2014 e 2015 o maior período de estiagem dos últimos 70 anos.
Esse cenário contribui para análise e reflexão sobre a atualidade e as perspectivas dos Mercados, tema de discussão do evento. O Congresso é composto de palestras e visitas técnicas, destinado a associações nacionais e regionais, a autoridades locais que possuam ou operem mercados de alimentos bem como às empresas do mercado privado, institutos e organizações. “O encontro é o ambiente ideal para a atualização do setor frente às tendências mundiais e também oportunidade para discutir os desafios que serão enfrentados na produção de alimentos”, afirma Claudinei Barbosa, diretor técnico operacional da Ceasa Campinas.