Hortas comunitárias: convênio com o Incra de R$ 2,4 milhões vai ampliar programa

A Prefeitura, por meio da Centrais de Abastecimento S.A. (Ceasa) e das secretaria municipais de Trabalho e Renda, Cidadania, Assistência e Inclusão Social, assina nesta sexta-feira, dia 26 de março, convênio com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que vai destinar R$ 2,4 milhões para ampliar o Programa Municipal de Hortas Comunitárias da cidade. 

Por meio de um projeto do Incra chamado Agriurbe - Programa de Agricultura Urbana e Periurbana - será disponibilizado um montante de R$ 2.400,00 para cada família ou entidade interessada em desenvolver uma horta de caráter comunitário.

A assinatura do convênio acontece às 9h, no Salão Vermelho da Prefeitura e vai contar com a presença do superintendente regional e da consultora do Incra, Raimundo Bombril e Sônia Novaes Guimarães Moraes. Também vão estar presentes o professor da Universidade de Campinas (Unicamp), Mohamed Ezz El Din Mostafa Habib e o secretário municipal de Trabalho e Renda, Sebastião Arcanjo.

O projeto Agriurbe tem quatro objetivos principais: a geração de trabalho e renda, a melhoria da alimentação e do abastecimento de hortifrutis nas regiões de alto risco social, a ocupação de vazios urbanos e a capacitação da população desempregada ou subempregada em atividades agrícolas.

Pelo convênio, a Ceasa fará o trabalho de capacitação, projeto da horta, material didático e orientação técnica. A secretaria de Trabalho e Renda vai cadastrar, organizar e orientar os moradores interessados em participar do programa e a secretaria de Cidadania acompanhará por meio de assistentes sociais as famílias.

Seminário

A assinatura do convênio será na abertura do I Seminário de Agricultura Urbana e Periurbana de Campinas, que acontece no Salão Vermelho, das 9h às 14h. O objetivo do evento é esclarecer a população sobre o Agriurbe e as formas de participação.

O programa inicia com quatro grupos interessados das regiões: Itajaí, com 25 famílias; Vila Esperança, 14 famílias; Ouro Verde, outras 20 famílias e Eulina com 15 famílias.

A horta do Parque Itajaí já está implantada e ocupa, hoje, 5 mil metros quadrados, mas pode dobrar sua capacidade numa área que tem 14 mil metros quadrados. Desde fevereiro, os moradores responsáveis pela horta estão fazendo um curso de capacitação técnica por meio da Ceasa. Eles fazem o cultivo de alface, almeirão, quiabo, jiló, berinjela, chuchu, abóbora entre outras hortaliças. O plantio é orgânico, ou seja, não utiliza agrotóxicos nem produtos químicos.

Os alimentos produzidos são utilizados para consumo das famílias e também vendidos para os moradores da região, uma alternativa de renda. A atividade também ajuda a recuperação de uma área degradada da Bacia do Rio Capivari. No ano passado, a iniciativa dos moradores e o trabalho agroecológico da Horta ganhou o prêmio de Responsabilidade Ambiental promovido pela Sanasa e RAC (Rede Anhanguera de Comunicação).

Critérios

As famílias, ONGs, cooperativas e entidades interessadas em participar do Agriurbe em Campinas podem se informar e inscrever pelo telefone (19) 2117-5171, com Alexandre. Cada família ou entidade poderá ser contemplada para explorar uma área de 500 metros quadrados que precisa ser própria ou que tenha concessão de uso por um período mínimo de 10 anos. Após a inscrição e definição da área, é feito um projeto que discrimina as necessidades e características do terreno e é enviado ao Incra para a concessão da verba de R$ 2.400,00 a ser utilizada para a compra de materiais, ferramentas e insumos.

Saiba mais

O Programa Municipal de Hortas Comunitárias da Prefeitura de Campinas tem por objetivo incentivar a criação de hortas de caráter comunitário em escolas, ONGs e bairros. Por meio do Programa são realizados cursos de cultivo, plantio e produção de hortaliças e é oferecida assistência técnica e mudas de verduras e legumes para as comunidades interessadas. Estas mudas são produzidas em estufas da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Jardim São Marcos por alunos da Associação de Pais dos Excepcionais (Apae), uma parceria da Sanasa.

O trabalho do Programa ajuda a gerar trabalho e renda, contribui com uma alimentação mais saudável, é uma ferramenta pedagógica e de educação alimentar nas escolas e oferece apoio terapêutico para portadores de deficiência e de HIV, dependentes químicos e outros. O Programa distribui uma média de 8 mil mudas de hortaliças por mês e já implantou mais de 45 hortas na cidade a maioria em escolas e entidades. Com a assinatura do convênio a intenção e ampliar este Programa e o número de famílias contempladas.