Opções de Flores para o Natal

Coloridas, cheirosas, exóticas, chamativas, discretas, elegantes, luxuosas ou imponentes. As flores, muitas vezes, assumem qualidades que se confundem - até mesmo nos adjetivos - com traços de personalidade. Pensando na proximidade do natal, a Centrais de Abastecimento de Campinas (CEASA) destacou três, dentre tantas espécies que existem no Mercado Permanente de Flores, Plantas e Acessórios, como sugestões de presente nesta data tão especial:

Callas: Versatilidade e Beleza

As Callas pertencem à família das Aráceas, da qual também fazem parte o lírio da paz e o antúrio. Apesar de serem originárias da África, são cultivadas na Europa desde o século XVII. Constantes cruzamentos vêm produzindo espécies nas mais diversas cores. São tons de amarelo rosa, vermelho, vinho e até tons bem escuros, como o chocolate, chegando à interessante Calla negra, também conhecida como Copo de Leite negro.

Para o engenheiro agrônomo da Ceasa Campinas, Ricardo Munhoz, é uma planta rústica e de cultivo relativamente simples mas requer manejo adequado. “É excelente como flor de corte. Tem grande aceitação pela beleza, sofisticação e durabilidade. É muito utilizada em arranjo. Floresce em abundância nos meses mais frios – entre maio e setembro. Também pode florescer de outubro a abril, mas em menor quantidade. Na produção comercial, se propagada por mudas e inicia a floração aproximadamente de 90 dias, atingindo o auge da produção aos 8 meses”, comentou.

Segundo o permissionário do Mercado de Flores da Centrais de Abastecimento de Campinas, Gilson Girrard, a espécie é ofertada durante o ano todo na Ceasa. “Temos espécies de corte e vaso. Normalmente, o interesse dos clientes é usa-la em decoração e em buques, por sua beleza. São versáteis”, disse.

Antúrios: Cores brilhantes e múltiplas combinações

Outro destaque são os Antúrios. Originária da Venezuela e Colômbia, a espécie foi levada nas últimas décadas do século XIX para a Europa. Para algumas pessoas, sinônimo de imponência; para outras, luxo!

A haste floral do antúrio é composta pelo conjunto formado por uma folha modificada, geralmente colorida, denominada espata, e uma inflorescência tipo espiga (espádice), onde estão agregadas dezenas de pequenas flores seguindo um delineamento espiralado.

Pertence à família Araceae que compreende aproximadamente 115 gêneros, sendo que estudos recentes mostraram que se trata de uma família com mais de 3.200 espécies. Para o agrônomo da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa), Ricardo Munhoz, no final dos anos cinquenta, o gênero Anthurium já era conhecido por compreender mais de 600 espécies. "Dentre as muitas espécies, se destaca a Anthurium andraeanum Lindl., devido ao tamanho, a coloração e a longevidade de suas inflorescências, tornando-se uma importante fonte de renda em diversos países”, explicou.

Os antúrios podem ser distribuídos em três classes principais: para paisagismo, de vaso e de corte. “A primeira classe é formada pelos antúrios cultivados exclusivamente pelo efeito e pela forma de sua folhagem, pelo desenho das nervuras de suas folhas em nítido contraste com o fundo mais escuro do limbo. A segunda classe é constituída de plantas compactas, folhas com verde-escuro intenso e grande quantidade de pequenas hastes florais, utilizadas para decoração de interiores. A terceira classe, constituída por plantas vistosas, sendo que suas hastes florais são utilizadas para decoração de ambientes e arranjos, e se caracterizam por produzirem espatas grandes, vistosas e coloridas”, avaliou Munhoz.

Segundo o permissionário e produtor, Márcio Rogério Cardoso Ribeiro, a planta se destaca na composição de arranjos florais em função da durabilidade, entre 25 e 30 dias em média, podendo durar até 45 dias. “Ofertamos o ano todo. Sai uma flor e em seguida, outra. Apresenta cores brilhantes, diferentes formatos e múltiplas possibilidades de combinação”, comentou.

Girassóis: beleza e exuberância a favor do sol

Para finalizar, uma flor que possui a capacidade de alegrar os ambientes, quer estejam sozinhos, plantados em vasos, ou compondo buques de flores ou arranjos florais: os Girassóis

Seu nome científico é Helianthus annus, cujo significado é “flor do sol”. É uma planta originária da América do Norte e possui a particularidade de ser heliotrópica, ou seja, gira o caule sempre posicionando a flor na direção do sol. “Esse movimento ocorre durante todo o período da floração plena, sendo resultado de dois movimentos complementares, um de rotação espiralada do caule, e outro de ereção das folhas e do capítulo”, explica cientificamente Ricardo Munhoz, engenheiro agrônomo da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa).

O cultivo do girassol no Brasil iniciou no século XIX, na região Sul, provavelmente trazida por colonizadores europeus que consumiam as sementes torradas e fabricavam uma espécie de chá matinal. Ricardo ressalta a gama de utilidades do cultivo da planta. “O girassol pode ser utilizado em diversas finalidades como: flor ornamental, girassol de confeiteiro em substituição as amêndoas em geral, grãos in natura e farelo (ração) para alimentação de aves, suínos e bovinos, forragem, silagem. Também pode ser consumido na alimentação humana in natura, tostado, salgado e envasado”, disse.

Por sua beleza e exuberância, a espécie é muito procurada para ornamentação. Segundo o permissionário do Mercado de Flores da Ceasa, Heitor Wanderlei Bastos, a espécie surpreende pela beleza e exuberância. “O girassol é destaque em qualquer arranjo ou decoração, sendo ofertado o ano todo. Algumas pessoas acreditam que a flor traz sorte e boas vibrações ao ambiente, sendo uma muito usada no Feng Shui”, comentou.

Na Ceasa Campinas funciona o maior Mercado Permanente de Flores e Plantas Ornamentais da América Latina. É responsável pela distribuição de 40% das flores e plantas ornamentais do setor atacadista do país.

O Mercado movimenta uma média de 6 mil toneladas por mês. Tem mais de 11 mil clientes cadastrados como paisagistas, arquitetos, hotéis, decoradores, empresários, supermercados, floriculturas, etc. Recebe mais de 30 mil pessoas por mês abastecendo as 5 regiões do Brasil.