Produtos da agricultura familiar farão parte da alimentação escolar

A volta às aulas do segundo semestre para os alunos da rede municipal e unidades conveniadas, que será nesta segunda-feira, dia 23 de julho, e rede estadual, dia 1º de agosto, terá uma novidade na alimentação escolar. Os 14 tipos de cardápios que fazem parte do Programa Municipal de Alimentação Escolar distribuídos em 566 unidades escolares começam a contar com alimentos da agricultura familiar. Diariamente, 250 mil refeições são oferecidas.
Durante esta semana, a Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa) fez a distribuição nas escolas dos alimentos chamados estocáveis. A primeira remessa dos produtos que chegaram à Ceasa possui 1,2 mil unidades de suco de uva integral (cada uma com 5 litros), 16 mil quilos de leite em pó integral, 2 mil quilos de arroz parboilizado tipo 1; 16 mil quilos de arroz polido tipo 1, 8 mil quilos de feijão in natura tipo carioca; 19,5 mil unidades de biscoito cookies com gotas de chocolate (30 gramas cada unidade), 2,8 mil quilos de farinha de trigo especial e 5 mil quilos de macarrão tipo parafuso.
Outros produtos como arroz integral, feijão preto e massa caseira tipo espaguete também fazem parte dos produtos que serão distribuídos nas escolas. Estes produtos estocáveis fazem parte da primeira chamada pública da agricultura familiar que ocorreu no primeiro semestre de 2012, num montante de R$ 3 milhões.
Segundo a coordenadora do departamento de alimentação escolar da Ceasa, Maria Helena Antonicelli, os alimentos estocáveis são distribuídos a cada 15 dias. Para o segundo semestre de 2012, estão previstas outras duas chamadas públicas para compra de produtos da agricultura familiar: uma delas para produtos hortifrutigranjeiros e a outra para complementos de produtos estocáveis, como tipos diversos de suco integral, bolachas e farinha de milho. O contrato para o recebimento de produtos da agricultura familiar é válido por um ano e pode ser prorrogado.
 “A compra de alimentos da agricultura familiar é uma forma de valorizar esses produtores”, disse a coordenadora da Ceasa. Alguns dos produtos são orgânicos.
Agricultura familiar
Campinas pode comprar no mínimo R$ 3,6 milhões da agricultura familiar, o que representa os 30% exigidos na Resolução 38/2009 dos recursos para a alimentação escolar do município vindos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Estas compras são feitas por meio de chamadas públicas e das organizações destes agricultores.
Os fornecedores devem ser agricultores familiares e empreendedores familiares rurais, detentores de Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP), física ou jurídica, e enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf.