Setor de paisagismo cresce na primavera

A entrada da primavera e o início do período chuvoso são as condições preferidas pelos profissionais de paisagismo para a composição de jardins e implantação de projetos paisagísticos. Prova disso é que o Mercado Permanente de Flores e Plantas Ornamentais da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa) registra um aumento no volume ofertado no setor de paisagismo. Nos últimos anos este crescimento chegou a 40%, comparando o período de junho a agosto com os meses de setembro a novembro.
 
Segundo a gerente do Mercado, Ana Rita Pires Stenico, nas estações de temperaturas mais amenas o setor movimenta em média 10 mil toneladas de produtos e nos meses da primavera a oferta aproxima-se de 14 mil toneladas. Ela explica que o paisagismo tem uma grande variedade de produtos como forrações - plantas que atingem até 40 centímetros de altura; plantas arbustivas; mudas de árvores e palmeiras (nativas ou exóticas); gramas; pinheiros e tuias; mudas de plantas trepadeiras; mudas frutíferas, entre outras.
 
No entanto, as plantas que pertencem ao grupo de forrações são as que apresentam uma maior demanda nesta época com um aumento em sua oferta de, em média, 30%. Na sequência, as preferidas são as plantas arbustivas com oferta em torno de 25% maior, comparando o primeiro semestre com o segundo semestre do ano. 
 
Conforme Ana Rita, neste período as temperaturas mais elevadas e as chuvas favorecem o desenvolvimento rápido das plantas e o florescimento intenso ampliando a oferta de produtos. “A paisagem natural torna-se mais florida, com diferentes cores, texturas e formas. As condições naturais da paisagem ajudam e inspiram profissionais e leigos”, comenta.
 
Oferta maior
 
O permissionário Carlos Alberto Pitolli, produtor de forrações, plantas arbustivas e mudas de árvores, que tem a produção na cidade de Nova Odessa (SP) explica que nos meses mais quentes há um equilíbrio na oferta de produtos. “No inverno encontramos dificuldade de produzir por causa do frio e dos dias mais curtos. Quem trabalha com paisagismo, muitas vezes adia os serviços na época de estiagem devido à restrição do uso de água. Já tive pedidos de plantas cancelados por este motivo. A partir de agora, temos regularidade na oferta e demanda crescente”, contou ele.
 
Para Carlos Alberto, o aumento na comercialização a partir de agora gira em torno de 50%. “Tem muita gente que quer deixar a casa bonita para o fim de ano, que se muda para uma casa nova antes do Natal e precisa do paisagismo, ou quer incrementar seu jardim”, comenta. As espécies mais procuradas são as que florescem neste período, segundo ele.
 
João Costa Lima, produtor de mais de 60 espécies de plantas ornamentais, também permissionário da Ceasa, afirma que para ele o período gera um crescimento de 20% nas vendas. “Tenho um aumento no número de clientes que geralmente estão reformando a casa e o jardim”, relata. Ele diz que as plantas mais procuradas são as arundinas, moréias, mini ixoras, buchinhos, lírios e agapantos, entre outras.
 
Crescimento contínuo
 
A comercialização do setor de paisagismo na Ceasa-Campinas, conforme a gerente Ana Rita, vem crescendo fortemente nos últimos anos, aproximadamente 15% anuais. “Vários são os fatores que contribuem para este aumento, pois além do aquecimento da economia e as demandas em várias áreas, como na construção civil, temos também o apelo ambiental, da sustentabilidade, do ecologicamente correto, que estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas e das empresas, buscando melhorar a qualidade de vida”, avalia ela.
 
O setor de flores e plantas para paisagismo e jardinagem do Mercado da Ceasa-Campinas é responsável por 40% do movimento do setor no país. O espaço conta com 504 boxes e disponibiliza para a venda um mix completo de produtos como flores e folhagens em maços, flores e plantas envasadas, plantas para jardinagem e paisagismo, além de produtos acessórios para decoração, arranjos florais, paisagismo e jardinagem.
 
O espaço funciona de segunda a sábado. Para o público em geral, está aberto nas segundas e quintas-feiras, das 13h às 16h30; terças, quartas e sextas-feiras, das 8h às 16h30 e aos sábados, das 8h às 13h. Para as empresas que trabalham com os produtos do setor, que são cadastradas, o Mercado funciona no atacado, as segundas e quintas-feiras, das 6h30 até as 13h.