Terminal Miguel Vicente Cury sedia o 4º Encontro Cultural da Escola de Capoeira Angola Resistência

O Terminal Miguel Vicente Cury sediou o IV encontro cultural da Escola de Capoeira Angola Resistência de Campinas entre os dias 22 a 24 de novembro. Como parte da programação, o evento ofereceu á população campineira uma maratona de oficinas e apresentações que aconteceram na Semana da Consciência Negra. As atividades consolidam a revitalização do Horto, espaço administrado pela Central de Abastecimento de Campinas (Ceasa).
A programação destes três dias contou com orquestra de Berimbaus da escola, roda do gueto, samba de roda, oficinas de capoeira, maracatu com o grupo Baque de Santa Bárbara D´Oeste, palestra sobre rituais, ancestralidade, tradições e os discursos sobre africanidade da Capoeira além de jantar e confraternização no Rancho da Fazenda Sant´ana.
Pedro Moraes Trindade, mestre e difusor da Capoeira Angola em Salvador, diz que a iniciativa é uma forma de preservar a capoeira e seus significados histórico. “É importante sim, retomar e manter viva a proposta da capoeira como prática sócio—política. É uma manifestação que se confunde com a história do Brasil”, relata
A Escola faz parte do Coletivo de Salvaguarda de Capoeira, que, em conjunto com a  Secretaria Municipal de Cultura e com a Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa), estudam ações para manter e ampliar as atividades do Coletivo - sediado há dez anos próximo do Cury.
Segundo Valdisinei Ribeiro Lacerda, conhecido por todos como Contramestre Topete e responsável pela escola, a capoeira faz parte da nossa cultura. “Nós damos continuidade a nossa história, que foi herdada pelos nossos ancestrais. A capoeira é uma forma educativa, social; como a brincadeira, o jogo; Hoje a prática [da capoeira] tem crescido muito”, completa.
Revitalização do Horto
O Horto Cury, conhecido como Ceasinha, está passando por reformas desde setembro. A obra visa melhorar a estrutura e o lay out do espaço e faz parte das ações da Prefeitura para revitalização do entorno do Terminal Central.
O presidente da Ceasa disse que após a reforma pretende promover várias atividades, principalmente relacionadas à cultura, como parte deste processo de revitalização levando novamente a população a frequentar o local.