Tomate, caqui e chuchu têm preços em queda

 

Boa notícia para quem faz feira e varejão. Tomate, chuchu e caqui estão em plena safra, com muito volume ofertado e preços em queda. Dados do Mercado de Hortifrutigranjeiros da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa) mostram que estes produtos se destacaram no último trimestre.

Entre janeiro e março deste ano a quantidade de caqui ofertada na Ceasa aumentou 63,87% comparada com o mesmo período de 2011. A média mensal de comercialização da fruta neste trimestre foi de 190,3 toneladas da fruta contra 116 toneladas do ano passado.

A oferta do chuchu cresceu 28% e do tomate 20%, no mesmo comparativo. Foram 945 toneladas de chuchu em média nos três primeiros meses de 2012 e 738,4 toneladas da hortaliça no ano passado. O tomate teve 4.636,4 toneladas mensais ofertadas contra 3.890, em 2011.
 
Os preços também caíram neste primeiro trimestre de 2012 em comparação com o mesmo período do ano passado. O chuchu ficou 36,5% mais barato, custava em média R$ 1,33 o quilo e ficou em R$ 0,85 este ano. A queda do tomate foi de 22,9%; era R$ 1,89 o quilo na média dos três meses do ano passado e em 2012 baixou para R$ 1,27. O preço do caqui caiu 4,68%, saindo de R$ 3,42 o quilo para R$ a média de R$ 3,26 este ano.
 
Boa produção
 
“Eu vendia de quatro a cinco mil caixas por dia e agora vendo de sete a oito mil”, relata o produtor e permissionário da Ceasa, Carlos Leandro Benedetti. Segundo ele, tem muito tomate no mercado. “É uma produção excepcional. Antes o tomate vinha de Minas, São Paulo e Goiás. Agora tem gente produzindo no Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo”, explica.
 
O bom preço para o agricultor do ano passado incentivou os produtores, conta Benedetti. O que não é absorvido pelos varejões e mercados, ele busca vender para indústrias de molhos. “É tanto tomate que o que vai para as fábricas de molho não é nem aquele tomate bem maduro”, diz.
 
A caixa de chuchu de Antônio Alves Vieira, atacadista da Ceasa, custa normalmente entre R$ 15,00 e R$ 18,00, mas hoje gira em torno de R$ 10,00, quase o custo de produção. “A safra foi muito boa, choveu na medida certa. Só houve uma chuva de granizo em Amparo e um temporal que derrubou parreiras em Valinhos. De resto produziu bastante. A oferta só começa a diminuir em maio”, explica o permissionário.
 
“O que chega vende”, conta sobre o caqui, Edmilson Barbosa, vendedor de um box da Ceasa. Nas segundas, quartas e sextas-feiras, melhores dias de comercialização no entreposto, ele relata que vende 900 caixas por dia. Para o produtor de caqui e permissionário da Ceasa, Júlio Kugo, a produção foi boa. “Produzo em Apiaí e o clima ajudou muito”, contou o agricultor que trabalha com a variedade fuyu, maior e com a consistência da polpa mais firme.
 
Benefícios à saúde
 
Caqui e tomate são fonte de licopeno, um fitoquímico com importante atuação na defesa do organismo, conforme a nutricionista da Ceasa, Maria Helena Antonicelli. “O licopeno é a substância carotenóide que dá a cor avermelhada a estes alimentos. O carotenóide é um poderoso antioxidante que age contra os radicais livres. Estudos têm demonstrado que ele promove proteção contra os cânceres de próstata, pulmão, além de doenças cardiovasculares”, informou ela.
 
O caqui, explica Maria Helena, é excelente fonte de vitaminas E e C - que auxiliam na defesa e manutenção do organismo - e sais minerais como ferro, fósforo e cálcio. “A fruta também contribui para o bom funcionamento do intestino, por conter muitas fibras", afirma a nutricionista.
 
Além do licopeno, o tomate também possui uma grande quantidade de vitaminas A, C e do complexo B e sais minerais como ácido fólico, potássio e cálcio. A nutricionista da Ceasa também explica que o chuchu - além de versátil na cozinha com seu sabor suave que acompanha vários pratos - é muito nutritivo. “De fácil digestão, o chuchu é rico em fibras e pobre em calorias, muito bom para quem está de dieta. A hortaliça-fruto se destaca também por ser uma fonte importante de potássio, ferro, magnésio e fornecer vitaminas A e C”, segundo ela.
 
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