Tomou posse nesta quinta-feira, dia 16 de abril a nova diretoria do Abracen

Integrar e discutir a modernização e o fortalecimento do setor de abastecimento agroalimentar são as diretrizes principais da diretoria da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen) que tomou posse nesta quinta-feira, dia 16 de abril. O diretor da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa), José Marcos Velasco, integra a nova direção composta por 12 membros e participou da cerimônia que aconteceu em Contagem, Minas Gerais, e contou com a presença do ministro das Comunicações, Hélio Costa, do secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Silas Brasileiro, além de parlamentares, produtores rurais, comerciantes e representantes de instituições públicas e privadas ligadas à agricultura e abastecimento.

A nova gestão foi eleita para o biênio 2009/2011 durante reunião de dirigentes de 21 centrais de  abastecimento de 15 estados e do Distrito Federal, em Brasília (DF), no dia 18 de março. A Abracen congrega 22 Ceasas filiadas, quase 90% do total de 25 centrais do país. A entidade foi criada em 1986 com o objetivo de promover ações para o desenvolvimento do setor. O novo presidente é João Alberto Paixão Lages, que também preside a CeasaMinas. Durante a solenidade, Lages lembrou a importância das centrais de abastecimento, que são responsáveis por 80% do consumo de hortigranjeiros, e da necessidade de um plano de aceleração de crescimento dos entrepostos. Ele ressaltou que a criação de uma legislação nacional específica para as Ceasas será o principal desafio da nova gestão.

Segundo Velasco, os novos membros da Abracen discutiram, em encontro no dia 15 de abril, alguns pontos do planejamento estratégico para a gestão e novos projetos. "Este trabalho usará como referência um diagnóstico sobre o funcionamento dos entrepostos do país, encomendado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o Programa de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort). O diagnóstico contém dados como quantidades e tipos de produtos comercializados nas Ceasas, as principais deficiências, a necessidade de projetos sociais, as políticas de gestão de resíduos, sistemas de embalagens para acondicionamento de frutas e hortaliças, entre outros tópicos", informou o diretor da Ceasa-Campinas.

Até 1º de maio, conforme Velasco, devem ser definidas comissões responsáveis pelo desenvolvimento dos projetos. Cada comissão será composta por representantes de três Ceasas. As propostas discutidas se referem a temas como regulamentação dos mercados, projetos de classificação, rotulagem e embalagens para frutas e hortaliças, criação de um Índice Geral de Preços (IGPHORT), desenvolvimento tecnológico, sustentabilidade, qualidade dos produtos, articulação institucional, internacionalização das Ceasas, capacitação de pessoas, comunicação e marketing.

As 25 centrais de abastecimento do país englobam 70 entrepostos que movimentam cerca de R$ 16 bilhões por ano. Entre hortigranjeiros, cereais, industrializados e outros produtos como flores e pescados, as Ceasas ofertam cerca de 16 milhões de toneladas anualmente. O sistema engloba mais de 10 mil empresas e gera cerca de 200 mil empregos diretos.

Campinas

A Ceasa-Campinas é o quarto maior entreposto do país, que opera desde 1975 e movimenta R$ 73 milhões por ano de hortigranjeiros, flores e plantas. O entreposto abastece mais de 500 municípios gera 5,3 mil empregos diretos, 20 mil indiretos, além de garantir milhares de postos de trabalho no campo e a regulação de preços de frutas, verduras e legumes. Na Central campineira fica o maior Mercado Permanente de Flores e Plantas Ornamentais da América Latina. A empresa recebe uma média de 15 mil pessoas por dia, conta com 964 atacadistas e 1.345 pontos de venda (boxes e pedras) com a variedade completa de hortaliças e plantas, além de pescados e produtos para decoração e paisagismo.

 

Além da administração do comércio de hortifrutis e flores, a Ceasa-Campinas é responsável pelas políticas de abastecimento e segurança alimentar do município. Junto com a Prefeitura, a empresa desenvolve vários projetos sociais e de meio ambiente como o Programa Municipal de Alimentação Escolar, o Banco Municipal de Alimentos, o Programa de Hortas Comunitárias, o Sistema de Gestão de Resíduos e a unidade Primavera do Programa Jovem.Com.