O último dia do Encontro Nacional das Centrais de Abastecimento em Campinas foi marcado por uma visita à fazenda de produção de diversas variedades de frutas da família Benassi, em Itupeva (SP). Cerca de 80 pessoas entre dirigentes e técnicos de ceasas e funcionários do entreposto de Campinas participaram da atividade.O grupo conheceu as plantações de uvas, maça, pêssego, lichia, manga, caqui, mexerica ponkan e ameixa que são produzidas na fazenda de 60 alqueires. Técnicos e funcionários da propriedade foram explicando ao longo do passeio detalhes sobre as variedades cultivadas e a tecnologia que utilizam.
O carro chefe da fazenda são as uvas niagara, além de outras seis variedades de uvas. A família construiu no local uma adega e está iniciando uma produção caseira de vinho, inicialmente sem finalidade comercial. Na fazenda é utilizada a tecnologia em “Y” para a plantação de uvas que permite maior produtividade e a mecanização de 80% do trato das plantações.
A visita 
foi encerrada com um almoço de confraternização, prestigiado por vários membros da família Benassi, incluindo o permissionário da Ceasa Campinas, João e os seus tios Mário, permissionário da Ceagesp, e Antônio, mais conhecido como Nico.
foi encerrada com um almoço de confraternização, prestigiado por vários membros da família Benassi, incluindo o permissionário da Ceasa Campinas, João e os seus tios Mário, permissionário da Ceagesp, e Antônio, mais conhecido como Nico. “Aqui na fazenda é uma visita técnica. É importante que várias Ceasas, do país inteiro, conheçam nosso cultivo, como se produz, como é o manuseio da uva e de outras culturas que temos aqui”, avaliou João Benassi, que é permissionário da Ceasa campineira.
Avaliação positiva
O Encontro Nacional de Ceasas em Campinas aconteceu de 4 a 6 de dezembro e contou com palestras, exposições, oficinas técnicas e muito debate sobre o cotidiano dos entrepostos brasileiros. Foram discutidos temas como a qualidade dos alimentos distribuídos pelas ceasas, a logística e a infraestrutura das centrais, agricultura e a importância da rastreabilidade dos produtos. O evento é promovido pela Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen).
No segundo dia do Encontro foi elaborada a base do Manual de Boas Práticas das Ceasas. O documento será um guia de recomendações para modernizar, adequar às exigências do mercado atual e tornar mais competitivos os entrepostos.
“O evento foi muito produtivo. Conseguimos encaminhar de forma bastante efetiva a produção do Manual de Boas Práticas para as centrais atacadistas.
Isso é uma novidade porque é o primeiro encontro que além do intercâmbio, saímos com um produto pronto”, salientou o presidente da Abracen, Mário Maurici de Lima Moraes, que também preside a Ceagesp, de São Paulo.
Isso é uma novidade porque é o primeiro encontro que além do intercâmbio, saímos com um produto pronto”, salientou o presidente da Abracen, Mário Maurici de Lima Moraes, que também preside a Ceagesp, de São Paulo.O presidente da Ceasa Campinas, Mário Dino Gadioli, também fez um balanço positivo do evento. “Trabalhamos muito para preparar este Encontro e estamos orgulhosos de receber visitantes de todo país. Foi uma importante troca de experiências que eles nos passaram e que estão levando de nossa Ceasa que foi muito elogiada”, contou.
História
Com a disposição de uma jovem, a atual matriarca da família, Maria Benassi, de 80 anos, cuidou junto com os filhos de cada detalhe da visita das ceasas à fazenda e acompanhou todo o trajeto do passeio. “Tudo começou com a uva niagara”, contou ela se referindo à história da família Benassi.
Descendente de italianos, a sog
ra de dona Maria, Ângela Costa Benassi - que carinhosamente era chamada de Angelina - foi a grande idealizadora e incentivadora dos sete filhos que iniciaram os negócios da Benassi.
ra de dona Maria, Ângela Costa Benassi - que carinhosamente era chamada de Angelina - foi a grande idealizadora e incentivadora dos sete filhos que iniciaram os negócios da Benassi. O marido de Dona Maria, José - já falecido, filho de Dona Angelina, começou nos anos 50 com uma banca de frutas à beira da Rodovia Anhanguera, em Jundiaí (SP). Em 1952, a Benassi inaugurou uma venda de uvas no Mercado da Cantareira em São Paulo e 14 anos depois, expandiu os negócios na Ceagesp e depois nas outras Ceasas, inclusive na de Campinas.
Os seis filhos de Dona Maria – entre eles, João, permissionário da Ceasa Campinas - seguiram os passos da família e continuaram trabalhando e crescendo. Hoje a Benassi é um dos maiores distribuidores de frutas da América Latina.